Porque é que certos diabéticos têm uma necessidade de água (sede) fora do normal?
Published by Sérgio Costa under Diabetes, Insulina, Pâncreas, Receptores celulares, Sede on 00:02Primeiro que tudo e antes que possamos responder a esta pergunta é necessária uma compreensão básica sobre a doença. A diabetes mellitus (a diabetes mellitus é normalmente designada apenas de diabetes, embora existam outros tipos de diabetes mais raros como a diabetes gestacional que não têm uma tão grande importância para este tema) é uma doença crónica que afecta cerca de 6% da população mundial. A incidência desta doença tem vindo a aumentar devido aos novos hábitos de vida (sedentarismo e má alimentação). A diabetes mellitus é fundamentalmente causada devido ao facto de as células (principalmente nas células musculares e adipócitos) não serem estimuladas pela insulina, isto pode acontecer por duas razões, sendo por isso esta doença subdividida em dois tipos:
- Diabetes mellitus de tipo I que consiste numa falta efectiva de insulina devido ao facto de o pâncreas não a produzir ou produzir em baixas quantidades (O pâncreas é o órgãos produtor da insulina. Esta é produzida em célula especificas, denominadas células Beta, sendo depois injectada na corrente sanguínea por exocitose).
- Diabetes mellitus tipo II, neste tipo de diabetes a produção de insulina é normal, o problema reside nos receptores de insulina das células, estes ou existem em baixas quantidades ou não funcionam correctamente e a insulina não consegue estimular as células.
Esta não estimulação das células tem consequências bastantes graves para o organismo, uma vez que é a estimulação das células por parte da insulina que permite a entrada da glicose para o meio interno destas (meio intracelular). O facto de não se dar a absorção de glicose tem como consequência um aumento na concentração de glicose no sangue (entre muitas outras que não são relevantes para a pergunta a que se pretende responder). A elevada concentração de glicose no sangue levará a que o sistema excretor expulse maiores quantidades de glicose (isto pode também levar ao emagrecimento da pessoa) tornando por isso a urina hipertónica e impossibilitando assim a reabsorção de água no tubo urinífero e levando a uma maior expulsão de água por parte do organismo. Também o facto de o sangue estar mais rico em glicose vai tornar este mais hipertónico levando a um aumento da quantidade de água neste, essa água será originária do meio intracelular. Sendo que expelida uma maior quantidade de água e estando uma maior quantidade desta retida no sangue dá-se um aumento da pressão osmótica no organismo que leva a uma maior necessidade de ingestão de água e por isso a uma maior sensação de sede. Esta sensação se sede ocorre principalmente nas fases iniciais da doença quando o doente não tem conhecimento desta, após o seu diagnóstico e controlo médico a sede excessiva deixa de se manifestar (ou pelo menos não o faz de forma tão intensa).
Esta não estimulação das células tem consequências bastantes graves para o organismo, uma vez que é a estimulação das células por parte da insulina que permite a entrada da glicose para o meio interno destas (meio intracelular). O facto de não se dar a absorção de glicose tem como consequência um aumento na concentração de glicose no sangue (entre muitas outras que não são relevantes para a pergunta a que se pretende responder). A elevada concentração de glicose no sangue levará a que o sistema excretor expulse maiores quantidades de glicose (isto pode também levar ao emagrecimento da pessoa) tornando por isso a urina hipertónica e impossibilitando assim a reabsorção de água no tubo urinífero e levando a uma maior expulsão de água por parte do organismo. Também o facto de o sangue estar mais rico em glicose vai tornar este mais hipertónico levando a um aumento da quantidade de água neste, essa água será originária do meio intracelular. Sendo que expelida uma maior quantidade de água e estando uma maior quantidade desta retida no sangue dá-se um aumento da pressão osmótica no organismo que leva a uma maior necessidade de ingestão de água e por isso a uma maior sensação de sede. Esta sensação se sede ocorre principalmente nas fases iniciais da doença quando o doente não tem conhecimento desta, após o seu diagnóstico e controlo médico a sede excessiva deixa de se manifestar (ou pelo menos não o faz de forma tão intensa).
Video elocidativo sobre o papel do pancreas nos diferentes tipos de diabetes:
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