Blog de Biologia e Geologia

"Para dar ordens à Natureza é preciso saber obedecer-lhe" - Francis Bacon

Banco de Imagens

Published by Pedro Maurício under on 15:09

Neste tópico encontra-se um banco de imagens relativas à actividade laboratorial referida no tópico anterior, tal como no exemplo que se segue
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Fig 1: Areia fina seca


Fig 2: Areão seco



Fig 3: Areia grossa seca



Fig 4: Calhaus secos



Fig 5: Areia fina humedecida





Fig 6: Areão humedecido




Fig 7: Areia grossa humedecida





Fig 8: Calhaus humedecidos




Fig 10: Areia fina saturada em água

Fig 11: Areão saturado em água


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Relatório da Actividade Laboratorial

Published by Pedro Maurício under , , , , , , on 03:11



Teoria: Ocupação antrópica e problemas de ordenamento


Questão central: Será que a presença e a concentração de água afecta a estabilidade dos terrenos?


Princípios:


Ângulo de atrito é a amplitude do ângulo do terreno a partir da qual se dá o deslocamento do objecto (neste caso o deslocamento do solo). O ângulo de atrito depende dos materiais que constituem o solo e também das condições deste (presença de água, existência de vegetação…). Quando o ângulo do terreno é superior ao ângulo de atrito do solo dá-se o deslizamento do solo causando por isso um fenómeno de desabamento de terras.


As zonas de vertente são uma das formas básicas de relevo, são locais de instabilidade geomorfológica, implicando por isso que os materiais geológicos situados nas zonas superiores tendam a ser mobilizados para as zonas inferiores, com consequências por vezes graves, em termos de perdas de vida ou de bens materiais.


Os movimentos de massa consistem em deslocamentos de grandes quantidades de material rochoso e solo. Estes movimentos dão-se geralmente devido à força da gravidade sendo uma das situações mais comuns de movimentos de massa os desabamentos de terra que ocorrem nas zonas de vertente. Alguns dos factores que podem favorecer estes movimentos são: a falta de vegetação, solos alagados (ensopados em água) e declives muito acentuados.


Uma vertente instável é uma zona de vertente que, devido a factores variados, apresenta pouca estabilidade, existindo fortes probabilidades de se darem movimentos de massa. Esta instabilidade pode ser devida a um elevado declive ou à falta de vegetação recentemente abatida (incêndio ou desflorestação).


Força da gravidade é uma força de atracção mútua que se estabelece entre os corpos com massa. Na terra esta força é especialmente relevante no que diz respeito à atracção que a terra exerce sobre os outros corpos atraindo estes para o seu centro. É esta força que leva a que os materiais suspensos caiam e é muito importante no que diz respeito ao deslizamento de terras.


Conceitos:


Ângulo de atrito


Movimentos de massa


Tensão superficial


Forças de resistência


Inclinação da vertente


Transporte


Erosão


Força da Gravidade


Zona de Vertente


Registo de medições






Observações/ Discussão



  • O material que apresenta maior ângulo de atrito a seco é a areia grossa.

  • O material que apresenta menor ângulo de atrito quando humedecido é o areão.

  • Os materiais que deslizam com maior velocidade a seco são os calhaus e o areão, e o material que desliza com maior velocidade quando humedecido é a areia fina.

  • O material que desliza com menor velocidade a seco é a areia fina e os materiais que deslizam com menor velocidade quando humedecidos são o areão, a areia grossa e o calhau.

  • Na realização da experiência observou-se que quanto maior é a presença de água, maior é o ângulo de atrito.

  • Em média, quanto maior é o ângulo de atrito, maior é a velocidade de deslizamento.




Conclusão



  • O material que apresenta maior ângulo de atrito a seco é a areia grossa.

  • O material que apresenta menor ângulo de atrito quando humedecido é o areão.

  • Os materiais que deslizam com maior velocidade a seco são os calhaus e o areão, e o material que desliza com maior velocidade quando humedecido é a areia fina.

  • O material que desliza com menor velocidade a seco é a areia fina e os materiais que deslizam com menor velocidade quando humedecidos são o areão, a areia grossa e o calhau.

  • Na realização da experiência observou-se que quanto maior é a presença de água, maior é o ângulo de atrito.

  • Em média, quanto maior é o ângulo de atrito, maior é a velocidade de deslizamento.

  • Através da realização desta actividade laboratorial, foi possível concluir que a estabilidade dos terrenos é influenciada pela presença e concentração nos terrenos.

  • Verificou-se que os materiais, quando húmidos, se apresentam mais estáveis, ao contrário de quando se apresentam completamente saturados em água ou secos.

  • É necessário referir que os resultados não terem coincidido com o esperado, visto que, ao contrário das expectativas, a areia fina saturada em água apresentou um ângulo de atrito muito elevado, devido á falta de abundância de água.

  • Aplicando agora a experiência ao quotidiano, podemos concluir que se devem evitar construções em zonas de declive acentuado, visto que as oscilações da concentração de água no solo podem levar á ocorrência de movimentos de massa.


Isostasia

Published by Sérgio Costa under , , , , on 19:45

A isostasia consiste no equilíbrio gravitacional entre as diferentes porções do solo. Qualquer paisagem que não esteja sobre o efeito de mecanismos geológicos, que levem ao desenvolvimento de cadeias montanhosas, têm a tendência para atingir a isostasia, ou seja atingir o equilíbrio gravitacional. Este equilíbrio é atingido através da aplanação das zonas de maior relevo levando por isso há formação de paisagens planas.

A isostasia é adquirida através de processos de meteorização e erosão. Este processos ocorrem em todas as cadeias montanhosas, quer estas estejam em crescimento ou não. No caso das cadeias montanhosas em crescimento o que acontece é que o seu crescimento é superior à erosão que sofrem.

No entanto não se dão anomalias gravimétricas o que leva os cientistas a supor que as montanhas têm “raizes” profundas formadas por rochas de baixa densidade.








Fig.2 Resultado que de facto se observa em medições gravimétricas das zonas montanhosas.


Assim sendo ficamos a perceber o porquê desta normalidade nos registos gravimétricos das zonas montanhosas. A maior massa presente na montanha em relação ao vale é depois compensada pelo facto de esta possuir uma “raiz” profunda de material pouco denso.
É agora importante perceber como se comporta esta “raiz” durante o processo de erosão da montanha.

Quando a montanha é erodida, esta erosão dá-se na parte exposta da montanha, sendo que, por isso, o volume da parte superior da zona de relevo diminui, assim sendo há um desiquilibrio entre o volume de solo superior e o volume de solo da dita “raiz”. Assim sendo dá-se a ascensão dos materiais da raiz de forma a que ocorra um ajustamento isostático e que as proporções entre a raiz da montanha e a parte superior desta voltem a apresentar valores normais.






Fig. 3, 4 e 5 - Processo de erosão da montanha e subida da "raiz".


A isostasia é um processo segundo o qual os ambientes geológicos atingem o equilíbrio com o meio. Este mecanismo é particularmente interessante uma vez que nos perceber o porquê de antigas zonas montanhosas serem agora planícies (como é o caso da planície Alentejana). Esta teoria explica também o porquê de quando uma montanha é erodida a sua "raiz" não permanecer intacta provocando anomalias gravimétricas negativas

Referências:
http://sites.google.com/site/geologiaebiologia/tect%C3%B3nica-de-placas/teoria-da-isostasia
http://pt.wikipedia.org/wiki/Isostasia
http://www.ufrgs.br/geociencias/cporcher/Atividades%20Didaticas_arquivos/Geo02001/Isostasia.htm


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Meteorização e erosão

Published by Sérgio Costa under , on 15:33

A erosão consiste basicamente na remoção física dos materiais resultantes da meteorização. Estes separam-se do bloco rochoso constituindo assim sedimentos.

A meteorização é já mais complexa existindo várias formas pelas quais esta se pode processar. Existem dois tipos principais de meteorização: meteorização física e meteorização química. Estes dois processos ocorrem muitas vezes em simultâneo na mesma rocha, a qual é sujeita a transformações ao nível químico de forma a tornar-se mais estável no novo ambiente e também é sujeito a uma desagregação mecânica que constitui a erosão física.

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Microcefalia, o gene ASPM e a evolução do cérebro humano

Published by Sérgio Costa under , , , on 21:28

A microcefalia é uma doença de carácter hereditário na qual o doente tem um cérebro bastante menor que o normal. Esta diminuição do volume cerebral leva a um menor coeficiente de inteligência por parte das pessoas afectadas. Esta doença é particularmente frequente no Paquistão devido ao facto de grande parte dos casamentos se dar entre familiares directos dando-se por isso uma maior probabilidade de dois genes recessivos para a mesma característica se encontrarem presentes no indivíduo.

A causa desta anomalia está presente no gene ASPM ("Abnormal Spindle-like, Microcephaly-associated"), que produz uma proteína denominada também ASPM. Esta proteína é de extrema importância para o funcionamento dos neuroblastos (células com elevada totipotência que levam à formação do cérebro). Quando o gene é mutado o que se passa é que a proteína é alterada não tendo por isso as mesmas funções, sem esta proteína no seu estado normal, o funcionamento dos neuroblastos é reduzido e por isso o cérebro não cresce até os níveis normais, levando a uma diminuição do volume cerebral, que tem como consequência a diminuição das capacidades cognitivas.

Referências:
http://en.wikipedia.org/wiki/ASPM_(Gene)
http://pt.wikipedia.org/wiki/Microcefalia
http://www.medipedia.pt/home/home.php?module=artigoEnc&id=326




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