Blog de Biologia e Geologia

"Para dar ordens à Natureza é preciso saber obedecer-lhe" - Francis Bacon

Isostasia

Published by Sérgio Costa under , , , , on 19:45

A isostasia consiste no equilíbrio gravitacional entre as diferentes porções do solo. Qualquer paisagem que não esteja sobre o efeito de mecanismos geológicos, que levem ao desenvolvimento de cadeias montanhosas, têm a tendência para atingir a isostasia, ou seja atingir o equilíbrio gravitacional. Este equilíbrio é atingido através da aplanação das zonas de maior relevo levando por isso há formação de paisagens planas.

A isostasia é adquirida através de processos de meteorização e erosão. Este processos ocorrem em todas as cadeias montanhosas, quer estas estejam em crescimento ou não. No caso das cadeias montanhosas em crescimento o que acontece é que o seu crescimento é superior à erosão que sofrem.


Teoria da isostasia

É dado o nome de teoria da isostasia às hipóteses que procuram interpretar as compensações que ocorrem em profundidade dos relevos superficiais em função do seu peso (densidade).
A litosfera é uma camada de rocha sólida, de espessura variável e é a camada mais externa do planeta. Esta camada está assente sobre a astenosfera que é uma camada de rocha com menor rigidez comportando-se como um líquido. Isto leva a que a litosfera “flutue” sobre a astenosfera.

Numa região montanhosa seria de esperar a existência de anomalias gravimétricas positivas como resultado da elevada massa das cadeias montanhosas.


Fig.1 - Resultado que seria de esperar obter numa
zona de relevo.

No entanto não se dão anomalias gravimétricas o que leva os cientistas a supor que as montanhas têm “raizes” profundas formadas por rochas de baixa densidade.








Fig.2 Resultado que de facto se observa em medições gravimétricas das zonas montanhosas.


Assim sendo ficamos a perceber o porquê desta normalidade nos registos gravimétricos das zonas montanhosas. A maior massa presente na montanha em relação ao vale é depois compensada pelo facto de esta possuir uma “raiz” profunda de material pouco denso.
É agora importante perceber como se comporta esta “raiz” durante o processo de erosão da montanha.

Quando a montanha é erodida, esta erosão dá-se na parte exposta da montanha, sendo que, por isso, o volume da parte superior da zona de relevo diminui, assim sendo há um desiquilibrio entre o volume de solo superior e o volume de solo da dita “raiz”. Assim sendo dá-se a ascensão dos materiais da raiz de forma a que ocorra um ajustamento isostático e que as proporções entre a raiz da montanha e a parte superior desta voltem a apresentar valores normais.






Fig. 3, 4 e 5 - Processo de erosão da montanha e subida da "raiz".


A isostasia é um processo segundo o qual os ambientes geológicos atingem o equilíbrio com o meio. Este mecanismo é particularmente interessante uma vez que nos perceber o porquê de antigas zonas montanhosas serem agora planícies (como é o caso da planície Alentejana). Esta teoria explica também o porquê de quando uma montanha é erodida a sua "raiz" não permanecer intacta provocando anomalias gravimétricas negativas

Referências:
http://sites.google.com/site/geologiaebiologia/tect%C3%B3nica-de-placas/teoria-da-isostasia
http://pt.wikipedia.org/wiki/Isostasia
http://www.ufrgs.br/geociencias/cporcher/Atividades%20Didaticas_arquivos/Geo02001/Isostasia.htm


3 comentários:

António Varela disse... @ 30 de março de 2009 às 11:58

Muito interessante. Falta um comentário vosso e as referências.

Sérgio Costa disse... @ 30 de março de 2009 às 20:02

As referências encontram-se na barra lateral onde diz teoria da isostasia

Unknown disse... @ 28 de junho de 2020 às 17:18

Foi muito útil para mim
Com esta informação, confia o q o alcorão diz

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